O que é e a Importância da Política de Ativo Imobilizado | Afixcode

O que é e a Importância da Política de Ativo Imobilizado na sua Empresa

O que é e a Importância da Política de Ativo Imobilizado na sua Empresa

O que é e a Importância da Política de Ativo Imobilizado na sua Empresa
 

A Política de Ativo Imobilizado é um conjunto de diretrizes que garante a gestão eficiente do patrimônio da empresa. Ela define critérios para imobilização, depreciação e controle dos bens, alinhando-se às normas contábeis e melhores práticas do mercado.

Ter diretrizes bem definidas e formalizadas para a gestão do ativo imobilizado é um sinal de maior maturidade no setor patrimonial das empresas. Segundo a nossa Pesquisa Cenário do Ativo Imobilizado 2023, 76,3% das empresas já adotam normas e procedimentos como parte de sua estratégia para gerenciar o patrimônio.

A política de imobilização é um documento que estabelece quais bens devem ser imobilizados, os valores mínimos para isso e o tratamento para itens de pequeno valor, além de outras diretrizes importantes. Ela é essencial para garantir uma gestão eficiente do imobilizado, pois serve como base para decisões sobre aquisição, depreciação, baixa e manutenção dos ativos. No entanto, nossa pesquisa revelou que 40,4% das empresas ainda não possuem uma política de imobilização bem estruturada.

A publicação da Lei 11.638/07, em 2007, trouxe mudanças importantes para as normas contábeis no Brasil. Com isso, o ativo imobilizado passou a ter um papel ainda mais relevante nos processos de auditoria. Como resultado, empresas que desejam evitar ressalvas nas auditorias precisam ter um controle patrimonial bem organizado. Ainda de acordo com a  pesquisa, 79,2% das empresas entrevistadas são auditadas por auditores independentes.

 
 


Afinal, o que é a Política de Ativo Imobilizado?

A política de Ativo Imobilizado é um conjunto de regras que orienta a gestão dos bens patrimoniais da empresa.

Geralmente, essas regras são estabelecidas pela alta gestão, levando em conta os objetivos, interesses e estratégias do negócio.

A política contábil do ativo imobilizado estabelece as diretrizes para o registro, mensuração, depreciação, transferência e baixa dos bens patrimoniais de uma empresa. Essas diretrizes seguem as normas contábeis vigentes, como o CPC 27 (R3) e o NBC TG 27 (R3), que definem os critérios para o reconhecimento e o tratamento adequado desses ativos.

Ela deve ser aplicada de forma consistente ao longo dos períodos contábeis, a menos que haja justificativas para mudanças. A correta adoção dessas diretrizes é uma responsabilidade dos profissionais contábeis.

Nas empresas mais organizadas e experientes, essa política costuma ser formalizada em um documento. Já nas empresas que ainda estão crescendo, ela pode não estar registrada oficialmente, mas muitas vezes já é aplicada de forma informal no dia a dia.

Exemplos de Políticas de Ativo Imobilizado

A política de ativo imobilizado define as diretrizes contábeis para o registro, mensuração e gestão dos bens patrimoniais de uma empresa. Essas diretrizes podem abranger diversos aspectos da gestão do imobilizado, incluindo os seguintes exemplos:

  1. Depreciação: A empresa pode adotar diferentes métodos para calcular a depreciação dos ativos ao longo de sua vida útil, como:

    • Método linear: distribuição uniforme do custo de depreciação do ativo ao longo dos anos.
    • Método dos saldos decrescentes: aplicação de taxas de depreciação maiores nos primeiros anos.
    • Método das unidades produzidas: cálculo baseado no uso real ou na produção gerada pelo ativo.

  2. Política de baixa / descarte: Estabelece critérios para determinar quando um ativo deve ser baixado do patrimônio da empresa. Isso pode ocorrer devido à obsolescência, desgaste excessivo ou inviabilidade de manutenção, garantindo que ativos sem utilidade não permaneçam indevidamente registrados.

  3. Revisão da vida útil: Define parâmetros para revisar a vida útil dos ativos, levando em conta fatores como desgaste físico, obsolescência tecnológica e mudanças nas condições de mercado. Essa revisão é essencial para garantir um cálculo adequado da depreciação e um planejamento eficiente da renovação dos bens.

Vale destacar que as políticas de ativo imobilizado podem variar conforme as necessidades e especificidades de cada empresa. No entanto, elas devem ser aplicadas de forma consistente e em conformidade com as normas contábeis vigentes, assegurando uma gestão patrimonial eficiente e transparente.

 
 


Por que uma Política bem definida é essencial para a Gestão do Ativo Imobilizado?

Ter uma política bem estruturada para a gestão do Ativo Imobilizado é fundamental para garantir organização e alinhamento dentro da empresa. À medida que o negócio cresce, as decisões deixam de ser centralizadas e a comunicação entre as áreas pode se tornar mais complexa.

Nesse cenário, a política de ativo imobilizado funciona como um guia estratégico, garantindo que todos os envolvidos sigam um mesmo padrão, de acordo com os objetivos e diretrizes da organização. Empresas com operações mais amplas e complexas só conseguem manter um controle eficiente dos seus ativos quando contam com políticas claras e bem documentadas.

A seguir, apresentamos as principais políticas adotadas na gestão do imobilizado e como elas impactam o dia a dia das empresas. Confira!

 
 


Políticas Comuns do Ativo Imobilizado

1. Política de Imobilização

Ter uma política de imobilização bem definida é essencial para manter o controle do inventário e evitar problemas futuros, mesmo após sua organização. Essa política estabelece critérios sobre quais bens serão imobilizados, garantindo maior transparência e padronização na gestão patrimonial.

Do ponto de vista fiscal, todo bem com valor superior a R$ 1.200,00 deve ser imobilizado. No entanto, muitas empresas utilizam critérios próprios para itens essenciais à operação, mesmo que tenham um valor inferior. A decisão sobre quais bens imobilizar deve estar alinhada às regras internas da empresa, considerando se será adotado o critério fiscal ou um valor diferente, e se haverá diferenciação entre tipos de ativos.

Além da contabilização, é importante definir o tratamento para imobilizados de pequeno valor. Mesmo que esses bens não sejam registrados no balanço contábil, um controle físico eficiente é essencial para evitar extravios e garantir a rastreabilidade.

Uma regra fundamental dentro dessa política é que todo imobilizado deve ser identificado e cadastrado antes de entrar em operação. Esse processo precisa ter responsabilidades bem definidas dentro da empresa, assegurando que os ativos sejam corretamente registrados no sistema.

Com uma política de imobilização bem estruturada, a empresa evita falhas na gestão patrimonial e reduz o risco de perda de controle sobre seus bens após o inventário geral.

2. Política de desimobilização

Definir uma política de desimobilização é essencial para garantir que os ativos sejam corretamente contabilizados e para alinhar a gestão patrimonial aos objetivos estratégicos da empresa. Esse processo pode influenciar novos investimentos, a competitividade do negócio e até benefícios para os colaboradores.

Ao estruturar essa política, algumas perguntas precisam ser consideradas como por exemplo:

  • Com que frequência os equipamentos de informática devem ser renovados?
  • O que será feito com os bens usados? Serão vendidos para colaboradores, terceiros ou descartados?

O primeiro passo é entender o motivo da desimobilização. Se não houver um prazo bem definido, ou se ele for muito longo, equipamentos como computadores podem ficar ultrapassados, impactando a produtividade da empresa. Para evitar esse problema, é essencial estabelecer um cronograma claro para a substituição e descarte dos bens.

No caso de ativos como equipamentos de informática e veículos, muitas empresas optam por oferecer a venda primeiro aos seus colaboradores. Se não houver interesse, os bens podem ser revendidos no mercado ou destinados como sucata. Entretanto, algumas organizações escolhem não vender esses itens, mesmo que tenham valor residual, devido a estratégias específicas de negócio. Essa prática tem se tornado cada vez mais comum.

Por fim, vale destacar que uma política bem definida de desimobilização impacta diretamente o valor residual dos ativos descartados, conforme as normas contábeis da CPC 27.

 
 
 
 

3. Política de manutenção de ativo imobilizado

Para manter uma gestão eficiente do ativo imobilizado, é essencial realizar algumas atividades mensalmente. Entre as principais, estão:

  • Registro de movimentações: cadastro de novos bens adquiridos, transferências e baixas de ativos.
  • Cálculo da depreciação: considerando tanto os aspectos fiscais quanto contábeis.
  • Análise e validação de relatórios: conferência das informações contábeis e dos registros patrimoniais.

A realização correta dessas atividades garante que o controle patrimonial esteja sempre atualizado, reduzindo riscos de inconsistências e facilitando a tomada de decisões estratégicas.

4. Política de renovação do imobilizado

A renovação do imobilizado é uma das políticas mais estratégicas dentro da gestão patrimonial, pois impacta diretamente a competitividade e a eficiência operacional da empresa. Geralmente, essa política é definida por categoria de ativos, levando em conta fatores como tempo de uso, desempenho e retorno financeiro.

Para estruturar essa diretriz, algumas questões precisam ser analisadas:

  • Com qual frequência a empresa deve renovar seus ativos? Existe um período padrão para cada tipo de bem ou a substituição será baseada em critérios como obsolescência, custo de manutenção e impacto na produtividade?
  • Como equilibrar desempenho e retorno financeiro? A decisão de renovar um ativo deve considerar o custo-benefício entre continuar utilizando um bem já depreciado ou investir na aquisição de um novo.
  • De que forma a empresa manterá seus diferenciais competitivos em relação ao imobilizado? É essencial definir se a renovação dos bens será uma estratégia para otimizar processos, reduzir custos operacionais ou acompanhar inovações tecnológicas do setor.

Ter uma política de renovação bem estruturada garante que a empresa mantenha seu parque de ativos atualizado, otimizando investimentos e evitando riscos de obsolescência que possam comprometer sua eficiência e competitividade.

 
 


Mantenha sua gestão patrimonial mais estratégica e organizada com as políticas de ativo imobilizado

A política de gestão do ativo imobilizado é um tema essencial, mas muitas vezes pouco discutido, apesar de seu impacto estratégico na organização. 

Como vimos, ter diretrizes claras para a gestão patrimonial não só fortalece a estrutura da empresa a longo prazo, mas também demonstra um alto nível de maturidade no controle de ativos, garantindo melhores resultados e maior eficiência operacional. 

Se você ainda tem dúvidas sobre como implementar essas políticas na sua empresa, nossa equipe de especialistas está pronta para ajudar. Entre em contato conosco pelo e-mail comercial@afixcode.com.br ou pelo nosso telefone 2888 - 4747 

Também recomendamos os seguintes conteúdos:
👉 O que é Ativo Imobilizado?
👉 Valor Mínimo para Ativo Imobilizado
👉 Tipos de Bens Patrimoniais: Classificação dos Bens no Controle Patrimonial
 
 

 
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Glauco Oda
Glauco Oda
Glauco Oda é bacharel em Ciência da Computação formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Ciências Contábeis pela Universidade Paulista (CRC 1SP326596), atual CEO da AfixCode Patrimônio e Avaliações, e sócio/diretor da OTK Sistemas e AfixGraf Soluções Gráficas. Carreira profissional toda desenvolvida na gestão do controle do Ativo Imobilizado, tendo participado de todas as fases e inúmeros projetos em mais de 20 anos de atuação profissional. | LinkedIn: /in/glaucooda

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