7 Maneiras de Economizar com o Controle do Ativo Imobilizado
O controle do ativo imobilizado é uma prática importante para qualquer empresa que deseja otimizar seus recursos financeiros. Compreender e aplicar estratégias eficazes de gestão nessa área pode resultar em economias significativas e maior eficiência operacional.
Desde que começou a adoção das normas internacionais de contabilidade (IFRS), em 2010, o controle do Ativo Imobilizado ganhou destaque dentro das empresas devido a mudanças como a depreciação baseada na vida útil societária(contábil), o teste de recuperabilidade (Impairment) e o Ajuste de Avaliação Patrimonial (na adoção inicial).
Aliado a isso, o cenário atual de alta competitividade faz com que seja necessário que as empresas estejam constantemente buscando maneiras de otimizar seus recursos e maximizar bons resultados. A gestão cuidadosa dos ativos imobilizados é uma estratégia importante durante este processo, permitindo que as empresas reduzam custos e evitem desperdícios.
Além disso, neste ambiente de negócios cada vez mais competitivo, a economia e a eficiência são necessárias para manter a sustentabilidade e a lucratividade. Portanto, apresentamos abaixo algumas maneiras de economizar dinheiro (e outros recursos) por meio de um controle eficiente dos ativos imobilizados.
Se você deseja encontrar soluções práticas para otimizar seus recursos financeiros e enfrentar os desafios econômicos com eficácia, leia o artigo completo!
Controle do Ativo Imobilizado: Conceito
O controle do ativo imobilizado é um processo importante na gestão de uma empresa, envolvendo o registro, monitoramento e manutenção de todos os bens de natureza permanente que são utilizados nas atividades operacionais. Esses bens, também conhecidos como ativos fixos, incluem itens como terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos, veículos e móveis.
O objetivo principal do controle do ativo imobilizado é garantir que a empresa tenha uma visão precisa e atualizada de seus recursos tangíveis, incluindo a sua localização, valor contábil, vida útil e condição de uso. Ao manter esses dados atualizados e organizados, os gestores conseguem tomar decisões mais assertivas e garantir o correto cumprimento das normas contábeis e fiscais.
Para isso, é essencial que cada ativo seja devidamente identificado e registrado. Além disso, a gestão do imobilizado envolve a classificação e mensuração dos ativos, depreciação e manutenção dos registros contábeis, o que inclui transferências e baixas.
7 Maneiras de economizar com o Controle do Ativo Imobilizado
Descubra como otimizar suas finanças corporativas implementando estratégias para o controle do ativo imobilizado. De redução de custos à maximização de recursos, confira as 7 maneiras de economizar e a eficiência operacional da sua empresa:
1. Benefícios Fiscais da Depreciação
Realizar a depreciação dos ativos imobilizados pode trazer um benefício fiscal importante para as empresas que adotam o regime de tributação pelo lucro real. Isto porque ao realizar e contabilizar corretamente a depreciação, é permitido que uma parcela do valor dos ativos seja gradualmente deduzida como despesa ao longo do tempo de vida útil do bem.
Essa prática reduz a base de cálculo do imposto de renda, o que resulta em menos impostos a pagar. Dessa forma, a empresa pode recuperar aos poucos o valor investido nos ativos ao longo de sua vida útil, considerando seu desgaste e obsolescência.
2. Recuperação de Impostos (PIS / COFINS e ICMS)
Além da depreciação, muitos ativos imobilizados utilizados na produção podem gerar créditos tributários de PIS/COFINS e ICMS para empresas do segmento industrial. A correta apuração desses créditos pode resultar em uma economia significativa de tributos. No entanto, para aproveitar os créditos do ICMS sobre o ativo imobilizado, algumas regras devem ser observadas ao comprar esses bens.
Uma empresa pode solicitar o direito ao crédito do ICMS apenas quando os bens que compõem o ativo imobilizado estão diretamente relacionados ao seu processo de produção, comercialização de mercadorias, ou prestações de serviços tributados pelo ICMS. Considerando esses conceitos, há diversos exemplos onde uma empresa pode recuperar esses créditos do ICMS.
3. Diminuição das Perdas por Extravio
Fazer o controle do ativo imobilizado também contribui diretamente para a redução de perdas de bens devido a extravios e furtos, e isso pode ser feito através de algumas práticas.
Uma delas é a emissão do termo de responsabilidade, onde um colaborador ou departamento é designado como responsável por um determinado bem. Esse documento estipula que é obrigação do responsável cuidar do bem e informar qualquer incidente de perda, extravio ou dano.
Antigamente, esse é era um processo manual que era muito trabalhoso, mas hoje com o auxílio da tecnologia, conseguimos enviar o termo de responsabilidade por e-mail, whatsapp e SMS e colher a assinatura digitalmente, o que reduziu significativamente o tempo de implantação desse controle.
Essa abordagem cria uma cultura de cuidado e responsabilidade entre os colaboradores, pois fica mais evidente para eles a importância de proteger os bens da empresa. Além disso, em caso de perda ou extravio, o termo de responsabilidade possibilita a identificação do responsável e a adoção das medidas necessárias para minimizar os danos.
Em casos mais extremos, uma alternativa eficaz é a utilização de Portais RFID (Identificação por Radiofrequência). Essa tecnologia emprega etiquetas RFID nos bens, as quais são detectadas por leitores de radiofrequência. Com o uso dessa tecnologia, o controle dos bens se torna mais preciso e automatizado, facilitando sua identificação, localização e rastreamento. Isso ajuda a evitar extravios e furtos, já que qualquer movimentação não autorizada pode ser prontamente identificada pelo sistema.
4. Economia de Investimentos
Um controle adequado dos ativos também traz benefícios indiretos para as empresas, permitindo aos gestores planejar melhor a aquisição e renovação do imobilizado, o que favorece o planejamento estratégico da empresa e a longevidade do negócio.
Além disso, ao ter um controle adequado, a empresa pode contratar seguros com valores mais precisos, evitando pagar a mais por superdimensionamento ou correr o risco de prejuízos por subdimensionamento.
Por fim, investir em revisões periódicas e serviços de inventário custam menos para empresas que já possuem um bom controle patrimonial. Parte de nossos clientes na Afixcode, possuem um contrato de revisão periódica do imobilizado.
5. Economia de Tempo
Se considerarmos que tempo é dinheiro, é importante avaliar o custo de obter informações sobre um ativo quando é necessário levantar algum dado sobre o bem.
Numa empresa, isso pode incluir desde situações simples como envio de dados para manutenções, como localizar uma nota fiscal para adicionar a garantia, quanto situações mais sérias, como acionamento de sinistros envolvendo ativos imobilizados ou envio das demonstrações financeiras para auditorias internas e externas.
Embora seja difícil quantificar com precisão o custo do tempo que esse tipo de operação pode gerar, é sabido que empresas que não têm essas informações devidamente organizadas, ou seja, não fazem o controle patrimonial por meio de um sistema, perdem muito tempo na recuperação destas informações.
6. Imóveis para Investimento / Planejamento Tributário
O controle do ativo imobilizado desempenha um papel indispensável no planejamento tributário de grupos econômicos, especialmente quando se trata de imóveis. Embora não seja possível abordar todas as estratégias possíveis para um planejamento tributário eficiente, podemos destacar exemplos práticos. Um desses exemplos é a utilização dos imóveis como ativos da empresa controladora, enquanto as empresas controladas pagam aluguel por esses imóveis.
Essa estrutura pode trazer vantagens significativas em termos de tributação, permitindo uma distribuição mais eficiente dos custos e benefícios fiscais dentro do grupo econômico. Além disso, o controle detalhado dos ativos imobilizados facilita a identificação de oportunidades para otimização tributária e a mitigação de riscos relacionados à legislação fiscal.
Já os imóveis para investimentos (CPC-28), quando devidamente contabilizados podem apresentar um ganho nas demonstrações financeiras da empresa, uma vez que o valor contábil pode ser atualizado anualmente pelo valor justo. (Diferente dos imóveis imobilizados que devem ser contabilizados pelo custo).
7. Política bem definida de Baixa do Imobilizado
Os ativos imobilizados podem ser baixados por diversos motivos, como venda, obsolescência, sucateamento, inexistência física, sinistros, doação ou dação em pagamento.
Tendo isso em mente, é importante lembrar que a empresa precisa ter uma política bem definida para englobar essas situações em que o bem se torna obsoleto, inativo ou sem utilidade na operação. Muitas vezes, esses bens são enviados para armazéns onde o custo de armazenamento é alto e, geralmente, não são reutilizados em outras unidades.
Portanto, a empresa economiza ao ter um plano para descontinuar ou reestruturar os ativos que não estão mais em uso. De acordo com a Resolução CFC nº 1.025/2005, que aprova a NBC T 19.1 – Imobilizado, quando um item do ativo imobilizado é retirado da operação, seu valor contábil deve ser transferido para Investimentos, Realizável a Longo Prazo ou Ativo Circulante, dependendo da destinação (item 19.1.9.6).
Uma sugestão é manter uma conta específica dentro de um dos grupos mencionados para os "bens em desuso", conforme a intenção da empresa. É importante observar que as contas do bem em si (com seu custo de aquisição) e da depreciação acumulada devem ser mantidas separadamente.
Se você deseja entender melhor como realizar a baixa de ativo imobilizado em sua empresa, confira nosso vídeo explicativo no vídeo abaixo.
Conclusão: Porque investir no Controle de Ativo Imobilizado?
O controle eficiente do ativo imobilizado é necessário não apenas para garantir a conformidade contábil e fiscal, mas também para impulsionar a gestão de custos e otimizar o retorno sobre os investimentos.
Monitorar de perto a utilização e a condição dos ativos permite às empresas identificar oportunidades para otimizar sua utilização, reduzir despesas com manutenção e evitar perdas decorrentes de obsolescência ou deterioração.
Além disso, o controle adequado do ativo imobilizado traz uma série de vantagens tangíveis, como garantir a segurança dos ativos, garantir conformidade legal e aprimorar a tomada de decisão. Essas vantagens não só impulsionam a eficiência operacional, mas também contribuem para a maximização dos resultados financeiros da empresa.
Portanto, investir no controle eficiente do ativo imobilizado não é apenas uma questão de conformidade ou vantagens fiscais, mas também uma estratégia fundamental para impulsionar o desempenho e a competitividade empresarial a longo prazo.
👉 Etiquetas RFID: O que são, como funcionam e como aplicá-las para o Controle Patrimonial
👉 Como usar a Planilha para Controle do Ativo Imobilizado da Afixcode [GRATUITA]
👉 Teste de Impairment: Conceito, como fazer e divulgação